Sinopse: Este livro estreia impressionante de um jovem e talentoso escritor, é o relato pecaminoso de um decadente. A história de um homem religioso e carismático, temente a Deus, mas amante insaciável de sua própria carne exótica, a carne de outros homens. Um pastor gay, casado com uma ex-prostituta, filho de uma fanática religiosa. Neurótico e depravado. E agora condenado. Internado no hospital, debilitado e com um segredo de uma tonelada nas costas, este personagem atormentado decide libertar-se de seus demônios e relatar seu drama. Num relato cru e sem censura, ele literalmente vomita seus trinta anos de calvário e charlatanice na cara da congregação (e de qualquer um que se interesse por um bom inferno). Sexo, paranoia, corrupção e destruição são os ingredientes tóxicos dessa obra provocante, polêmica e inovadora.
Autor: Gustavo Magnani
Gênero: Romance
Acabamento: Brochura
Págs: 232
Gênero: Romance
Acabamento: Brochura
Págs: 232
Realmente
não tenho palavras para descrever tudo que senti ao ler esse livro. São
memórias tão vivas nas folhas desse livro, relatos e emoções que encharcam a
tinta das letras impressas, e nem ao menos lemos conhecendo o nome do homem que
nos relata tudo. Mas isso não deixa de ser intenso e vivido.
O livro é
vivo e faz você embarcar em um misto de lembranças de uma vida que foi dos
desejos de como a vida seria dependendo das escolhas e como seriam encaradas,
observações e interpretações religiosas, às vezes incongruentes, mas marcantes
e que te levarão em algum momento a parar e respirar, e principalmente pensar o
quão eloquente pode ser esse livro.
Ao bater
os olhos, muitos pensarão na hipocrisia e heresia com Deus e a religião. Mas eu
vos digo leia. Se despida antes de criticar. Conheça antes de julgar. Se
despida de todos seus conceitos e preconceitos, leia e saboreia. Deguste o
livro. Não leia apenas para ser “Cult” ou pagar de alguém mente aberta para as
mudanças na sociedade. Garanto-te que após a leitura seu conhecimento de mundo
será maior, sua observação crítica será melhor e que menos preconceituoso você
será. O conteúdo desse livro não é heresia, são apenas lamúrias, desespero e
contradições da alma de um ser que nunca se aceitou. Não por empecilho de sua
religião, mas por preconceito próprio, que cresceu com rédeas curtas de uma
família rígida e até desequilibrada.
Expressando
minha mais humilde opinião como leitora e como cidadã, que vejo o mundo como tá
hoje em dia e esses discursos de ódio e não aceitação do próximo, digo que
infelizmente, muito ali impresso diz as verdades pregadas pela sociedade em
qual estou inserida, e que você, meu jovem leitor, também está inserido.
Não
vou fingir ser cega e negar que vivemos a blasfêmia e a hipocrisia nos dias de
hoje, o quanto tem pessoas que julgam, com desculpas de religião ou qualquer
outra coisa, e que nem mesmo seguem as doutrinas que pregam para outrem. E se
for enumerar as palavras que chamarão esse livro, chamarão a si mesmo e boa
parte da sociedade de hipócritas e blasfemadores, pois como disse, só há
verdades em que a comunidade tenta manter erguida para se proteger do que acham
que é diferente e pecaminoso, e que muitas das vezes julgam e não olham para
si.
Acreditar
que é errado e se armar com palavras e nomes santos, pregando o que nem cumprem
em sua vida pessoal. Falar que religião o te torna santo é a maior falácia. O
que tem de santo do pau oco por aí...
Mas falar
de crença é pisar em ovos e gerar polêmica. E de polêmica já temos o título
desse livro: "Memórias de um Pastor Gay". A capa imita uma imagem de
capa de bíblias de couro, muito usada por vários membros da igreja protestante
e católica também. Normalmente a maior ofensa para tais religiões é seu líder
espiritual praticar atitudes consideradas pecados, como o homossexualismo.
Então trazer a palavra gay acompanhando o substantivo pastor, é uma ofensa e
pedir pra ser polêmico na sociedade atual, onde qualquer coisa que você pode
comentar, pode ofender meio mundo (infelizmente o mal da era politicamente
correta).
Como
podem ver, adorei a leitura. Mas ela é incomodadora, pois vai tocar em
"feridas" já abertas no dia de hoje. Algo que crescemos escutando que
é errado, algo que vemos que fazem algumas pessoas regredirem para a idade
média e voltar a querer apedrejar o que acham pecaminoso. O livro trás essas
tais críticas para o mundo atual e com passagens de humor ácido, vai temperando
o livro. O melhor dessas passagens não é apenas o que a bíblia nos diz sobre
algo, mas sim as diversas maneiras que podemos interpretar, sempre puxando pro
lado que mais satisfaz nosso egoísmo e que fortalece o que acreditamos como
verdade imutável. Às vezes enxergamos apenas aquilo que nos convêm!
E
novamente vos digo: Se forem ler o livro para julgar-lhe, prefiro que não o
faça! Deixe-o e compre apenas um conto de fadas hétero e que não fira seus
preceitos. Mas se o for ler, leia despido de preconceitos e morais, ética aqui
não convém, senão você continuará na mesmice em que cresceu sua ignorância.
Miaka J.
S. Freitas
Um Sofá ÀLareira – Insônia Nerd
Oi *-*
ResponderExcluirQuero agradecer a Miaka pelo apoio ao blog, e pela maravilhosa resenha.
Realmente, uma das melhores resenhas que eu já li, e quero aprender com ela <3